sexta-feira, 28 de março de 2014

Tonheca Dantas
O Maestro dos Sertões
100 Anos de Royal Cinema
O Projeto tem como principal objetivo divulgar 
e preservar a obra de Antônio Pedro Dantas,
conhecido por Tonheca Dantas.
Autor de mais de 1.000 peças musicais com 
destaque para a valsa Royal Cinema que é uma 
das mais conhecidas das suas obras. 
É uma rara iniciativa que merece ser divulgada e valorizada para mostrar a importância de preservar
a nossa cultura.

Projeto Tonheca Dantas: maestro dos sertões resgata obra de músico e maestro
Por Ana Paula Silva - 15/10/2013
Tonheca Dantas é um sertanejo, músico, maestro, autoditada, autor de mais de mil peças musicais, muitas delas conhecidas mundialmente, como a bela e famosa valsa Royal Cinema, tocada até na BBC de Londres, que completou 100 anos esse ano. Parte da obra do maestro será resgatada e divulgada num encarte com dois CD’s com treze músicas, fotografias, partituras e o e-book  “A Desfolhar Saudades: uma Biografia de Tonheca Dantas”, do pesquisador e historiador Claudio Galvão.
A produção do encarte Tonheca Dantas: o Maestro dos Sertões está sendo conduzida pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte, sob a regência do reconhecido maestro Linus Lerner, e tem lançamento previsto para os próximos meses. Após o lançamento o material será distribuído gratuitamente entre orquestras, bandas de música, escolas e bibliotecas de todo o país e terá seu conteúdo disponibilizado 
de forma gratuita pela internet no hotsite 
www.tonhecadantas.com.br
A página já está no ar com parte do conteúdo e possui textos sobre o músico, depoimentos, três músicas com partituras (com opção de ouvir e baixar), além de fotos e do documentário sobre o projeto.
Para o idealizador do projeto, Eduardo Vila, diretor do Morada da Paz, empresa que investiu no projeto via Lei de Incentivo à Cultura Djalma Maranhão, do município de Natal/RN, "Tonheca Dantas foi um homem à frente do seu tempo, um autodidata, homem simples do interior, capaz de elaborar músicas com muita qualidade. Tenho certeza que deixaremos o legado de sua obra gravado em grande estilo”, afirma.
O produtor do projeto e diretor da Cooperativa da Música Potiguar, Cláudio Machado, explica a importância desse resgate. “A obra de Tonheca corria o risco de ficar no ostracismo, pois embora tenha sido uma referência nacional para a música, se encontra em acervos de alguns grupos e admiradores, com poucos registros se comparada à grandeza de seu legado”.
Essa opinião é compartilhada pelo biógrafo do maestro, Cláudio Galvão, que espera que com a divulgação do encarte o mesmo não seja esquecido. “Tonheca Dantas foi um sertanejo genial que com poucos recursos aprendeu música e alcançou um alto conhecimento técnico que, aliado a sua sensibilidade e criatividade, o tornaram um dos maiores músicos brasileiros, com uma popularidade que se estendeu por todo país”, declara.
Já o regente da OSRN, o gaúcho Linus Lerner, explica que "nesse projeto a obra de Tonheca está sendo arranjada para orquestra o que dará uma nova roupagem ao repertório, diferente do que as pessoas estão acostumadas a ouvir. É importante que todos saibam quem foi Tonheca Dantas e qual a contribuição dele no âmbito musical do RN e do Brasil”.  Além de regente da OSRN, Linus Lerner é 
responsável pelas orquestras norte-americanas - The Southern Arizona Symphony Orchestra (Tucson/Arizona) e da The Bayou City Performing Arts (Houston/Texas).
Autodidata que chegou a BBC de Londres
Antônio Pedro Dantas ou Tonheca Dantas (1871–1940) nasceu em Carnaúba dos Dantas, no interior do Rio Grande do Norte, filho de João José Dantas e da escrava alforriada Vicência Maria do Espírito Santo. Foi músico, compositor e maestro.  Vindo de uma família de músicos, despertou o gosto pela música ainda na infância e se tornou um multi-instrumentista tocando flauta, trompete, saxofone, clarinete, esse último seu instrumento preferido.  Era autodidata, sem nenhuma formação musical. É compositor de uma vasta obra formada por valsas, dobrados, maxixes, hinos, xotes, polcas, marchas e outros gêneros musicais orquestrados. Tem entre suas obras-primas a valsa Royal Cinema que até hoje é executada por bandas filarmônicas no Brasil e no exterior e foi tocada diversas vezes pela Orquestra da Rádio BBC de Londres, durante a Segunda Guerra Mundial. São obras famosas também a Valsa Delírio, a suíte Melodia do Bosque, valsa A Desfolhar Saudades, a marcha solene Republicana e o dobrado Tenente José Paulino.
Fonte: Revista Música Brasileira

Projeto resgata obra do maestro Tonheca Dantas

Por Rafael Zanvettor - 06/12/2013 - Caros Amigos

O maestro potiguar Antônio Pedro Dantas, conhecido como Tonheca Dantas (1871–1940), tem sua obra resgatada e divulgada em dois CDs, acompanhados de encarte. O projeto é de iniciativa de um empresário que cresceu ouvindo sua mais famosa composição, Royal Cinema. Conhecida mundialmente, Royal Cinema é uma das mais de mil peças de Tonheca.
Treze de suas composições foram gravadas pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (OSRN) para o projeto Tonheca Dantas: o Maestro dos Sertões, cujo lançamento conta com um concerto especial da OSRN, sob a regência do maestro Linus Lerner, na quarta-feira (11), no Teatro Riachuelo.

Ouça Royal Cinema:O material será distribuído gratuitamente entre orquestras, bandas de música, escolas e bibliotecas de todo o país e terá seu conteúdo disponibilizado de forma gratuita pela internet neste site.
Eduardo Vila, empresário que deu início ao projeto de resgate cultural, conta que o principal motivo que o levou a promover o resgate da obra de Tonheca foi a beleza musical de suas composições. “Tonheca Dantas é um músico e um conterrâneo ilustre e tem uma história muito interessante. Tive a ideia de resgatar a obra dele e assim perpetuar sua música e história. Temos a certeza que deixaremos esse legado gravado em grande estilo pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte”, afirma.

Tonheca
Tonheca Dantas nasceu em Carnaúba dos Dantas, no interior do Rio Grande do Norte, filho de João José Dantas e da escrava alforriada Vicência Maria do Espírito Santo. Foi músico, compositor e maestro. Ainda na infância se tornou um multi-instrumentista tocando flauta, trompete, saxofone, clarinete, seu instrumento preferido.
Autodidata e sem nenhuma formação musical, Tonheca foi maestro da Banda de Música da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e da Banda de Música do Corpo de Bombeiros de Belém do Pará, além de ser maestro também das bandas de música das cidades de Alagoa Grande e Alagoa Nova, no interior da Paraíba.
Eduardo Vila, empresário do ramo funerário, afirmou que a ideia veio inusitadamente do trabalho. "Desde criança eu escuto Royal Cinema dele, mas geralmente não se dava o crédito ao maestro. Certo dia, um cidadão, falecido, havia dito para a família que no seu velório tocasse exaustivamente o Cinema Royal, que era a música que eu escutava desde criança nas rádios de Natal, e fui pesquisar e tive vontade de fazer este projeto".

Royal cinema
Tonheca Dantas tem entre suas obras-primas a valsa Royal Cinema, encomendada em 1913 para a abertura das sessões de um cinema de mesmo nome na cidade do Natal. A valsa, com sua melodia cativante, se tornou conhecida e passou a ser presença constante nas bandas de música do Rio Grande do Norte e vários estados do País. Royal Cinema também ultrapassou as fronteiras do Brasil, ao ser tocada diversas vezes pela Orquestra da Rádio BBC de Londres, durante a Segunda Guerra Mundial, executada sempre com informação de que era uma valiosa produção de um compositor brasileiro.
Suas composições eram principalmente valsas, mas existem em sua obra dobrados, maxixes, hinos, xotes, polcas, marchas e outros gêneros musicais orquestrados. São obras famosas também a Valsa Delírio, a suíte Melodia do Bosque, valsa A Desfolhar Saudades, a marcha solene Republicana e o dobrado Tenente José Paulino.
O ex-prefeito de Natal, Djalma Maranhão (mandato entre 1956 e 59) , costumava chamar Tonheca Dantas de Strauss Papa-Jerimum. Para homenagear e lembrar o legado do maestro, uma das salas do Teatro Alberto Maranhão, o mais antigo de Natal, leva o nome do maestro potiguar. Fonte: Caros Amigos

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